Jornalista que foi sem-teto escreve reportagens contando o que vivenciou
Rubens Marujo, 57, perdeu tudo o que tinha e viveu por três meses num abrigo de sem-teto em São Paulo. Após sua história ser contada num website de notícias sobre jornalismo, ele foi contratado para cobrir as eleições municipais de outubro para o jornal Diário do Comércio e começou a recuperar sua vida, escreve o colunista Eduardo Ribeiro, do Comunique-se. Marujo publicou uma série de reportagens contando a humilhação sofrida diariamente pelos mendigos e como os sem-teto de São Paulo são usados para golpes, incluindo lavagem de dinheiro, e como eles são usados por igrejas e movimentos políticos para obter mais visibilidade.
“Nasci em berço de ouro, tive instrução, boa educação e, acima de tudo, uma profissão. Mas estava ali disputando um lugar na fila com aquelas pessoas humildes, com pouca ou sem nenhuma instrução. Meu astral piorava diante da resignação e a força que aquelas pessoas demonstravam. Sentia-me humilhado. Minha mente parecia girar como um carrossel, com os seguintes dizeres: fracassado, inútil, não serve para nada. Sentia vergonha até de manchar o nome da profissão que sempre exerci”, escreveu Marujo.
A gente tem a tendência de olhar para um morador de rua como se ele fosse um folgado, vagabundo que não quer trabalhar. A realidade nos mostra diariamente como essa visão é incorreta.
Bjos, Karla!
A gente tem a tendência de olhar para um morador de rua como se ele fosse um folgado, vagabundo que não quer trabalhar. A realidade nos mostra diariamente como essa visão é incorreta.
Bjos, Karla!
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