As ruas de Belém foram tomadas por uma festa democrática, na abertura do Fórum Social Mundial 2009, ontem (27). A capital do Pará ganhou cores, sorrisos, sonhos e a certeza de que, de fato, é possível se construir um mundo melhor. Nem a forte chuva que caia sem parar, desanimou os cerca de 100 mil participantes oriundos de 150 países, durante a caminhada que abriu oficialmente os trabalhos do evento.
A caminhada teve início às 15 horas, na Escadinha do Cais do Porto, ao lado da Estação das Docas, seguindo até a Praça dos Operários, no bairro São Braz. No percurso, a multidão pluricultural externava, em diversas formas a vontade de sonhar juntos uma nova humanidade. Questões relacionadas ao meio-ambiente, crises energética e econômica, problemas de moradia, educação, violência sexual, direitos individuais, entre outras bandeiras fazem parte da extensa programação.
A caminhada reuniu várias histórias de pessoas que, em suas associações, comunidades, institutos, ongs e movimentos, trabalham pela garantia de seus direitos. Em meio ao mar de gente, encontrava-se o francês Benjamim Ginú, estagiário do MST. Segundo ele, “é muito importante somar as forças e dar uma resposta global para os problemas. A gente não pode lutar somente em nosso local de residência, mas temos de compartilhar experiências, construir junto um projeto popular alternativo ao modelo vigente”, disse animMissoes ado.
Construir juntos é a palavra de ordem neste Fórum, que segundo a organização contará com a presença de mais de 100 mil pessoas. Estão previstas mais de 2.000 atividades autogestionadas, coordenadas por uma infinidade de organizações, movimentos, ONGs e instituições.
Outra bandeira hasteada nas ruas de Belém, foi o grito dos que se preocupam com o futuro da humanidade, com a Amazônia e suas populações tradicionais. A região segue ameaçada pelo desmatamento; inúmeros grupos, associações civis e povos indígenas tem se manifestado contra os maus tratos a que a Floresta vem recebendo. Frederico Sena é amazônida, da Ilha do Marajó no Pará. Veio ao Fórum reafirmar o seu compromisso: “eu gosto da Amazônia e estou brigando por ela, se for preciso, eu morro por ela”.
Testemunhos como este dão o tom ao evento, que por ser internacional se relaciona com os diversos problemas que ferem o mundo, como o caso da Palestina. “A luta dos trabalhadores e dos pobres é internacional. O que está acontecendo na Palestina não é uma guerra, é um genocídio, apoiado pelo Estado de Israel e seus aliados”, afirmou França que vestido uma camiseta pela Palestina. Ele reforça a importância de estar, neste momento em Belém. “O FSM vai discutir as questões mundiais, principalmente da classe trabalhadora, uma outra sociedade, uma sociedade livre, libertária onde não haja opressores nem oprimidos”, destacou.
As atividades do FSM-2009 se estendem até o dia 1° de fevereiro, nos campus das Universidades Federal e Rural de Belém no Estado do Pará.
Karla…
Que alegria!!
Que festa linda!!
É maravilhoso ler todas essas matérias e notícias que você nos traz deste encontro!
Nem a chuva desanimou essa gente linda, que sonha e luta
e não desanima jamais.
E nós aqui um tanto distante, ficamos apenas na vontade de estar ai também ,fazer parte desta história!
Volte logo e nos conte tudo!!
PARABÉNS PELO ÓTIMO TRABALHO E COBERTURA NO FSM 2009!!
VÁ EM FRENTE GAROTA, SEU FUTURO SERÁ BRILHANTE!! E eu me espelho em você!!
Beijos da amiga RÊ
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