Cânios, Araucárias, comida boa e sorrisos, esta é Cambará do Sul

Cânion Fortaleza
Cânion Fortaleza

Cambará do Sul está localizada na região nordeste do Rio Grande do Sul, próximo à fronteira de Santa Catarina. Possui, segundo dados do IBGE (censo de 2000), 6840 habitantes. Até 1963, data da fundação da cidade, pertencia ao Munípio de São Francisco de Paula.

Cambará foi cenário de muitas novelas e minisséries que contam a história do povo gaúcho, como Memorial de Maria Moura e a Casa das Setes Mulheres. Este cenário é um espetáculo e se completa com a hospitalidade com que os turistas são recebidos.

A serração é um espetáculo à parte, você perde seu olhar, apenas sente o ar úmido da cidade, que parece limpar o pulmão de paulistas como eu. A respiração se completa e o corpo agradece o ar puro.

Os Cânions são os grandes atrativos da cidade, o Cânion Fortaleza, este gigante é um templo de paz, contato com a natureza e com o divino. Impossível descrever a sensação. A dica para quem for à Cambará e quiser conhecer as maravilhas do Parque Nacional da Serra Geral precisa estar atento á metereologia. Se chover, desista do passeio, a estrada que leva até ao parque é de terra, com pedras e buracos (aproximadamente 28 kilometros). Mas nada disso tira o charme deste passeio por entre as Araucárias.

comida
Galpão Costaneira

Diante do Cânion e das cachoerinhas, da Pedra do Segredo, do sol e do frio, Cambará se apresenta como um dos santuários naturais do Brasil, pena, contudo, que poucos a conheçam. Hora de investimento e incentivo ao turismo ecológico. Em Cambará há inúmeras pousadas, aconchegantes e com um café-da-manhã que dá energia para a aventura do dia e para a hora do almoço, nada melhor do que uma comidinha típica e uma boa compania resgatando as histórias deste lugar tão especial.

Fiquei na Pousada Pôr do Sol e saboreei as delícias do Galpão Costaneira, que fica pertinho da Pousada. Vale a pena conferir o buffet e o espaço bem típico dos gaúchos tchê.

Na hora de descer a serra, cuidado com a serração na estrada, vale a pena optar pela estrada que corta Gramado e Canela, uma parada para um  chocolate quente, um café colonial, que é simplesmente uma torre de babel gastronômica, com uma variedade incrível de doces, salgados e vinhos.

Senadores pedem afastamento de Sarney

Depois de terem seus apelos por um afastamento rejeitados pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), senadores pediram em plenário nesta terça-feira pela primeira vez que o peemedebista renuncie ao cargo. Eleito em fevereiro, Sarney enfrenta crescentes denúncias de supostas irregularidades na administração do Senado e outras fraudes, como o desvio de recursos da Petrobras pela Fundação José Sarney. Ele nega ter responsabilidade sobre os casos.

“Chegamos ao limite do mínimo da responsabilidade que nós podemos ter”, declarou o senador Pedro Simon (PMDB-RS) durante a sessão da Casa, a qual não estava sendo presidida por Sarney. “Eu digo com a maior tristeza, com a maior mágoa: nessa altura, não adianta o presidente Sarney se licenciar. Ele tem que renunciar à presidência do Senado”, acrescentou. Simon recebeu o apoio de alguns colegas.

“Se isso demorar mais, já não vai se tratar mais de renúncia, e sim de cassação de mandato”, destacou por exemplo o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). “O presidente Sarney está caminhando numa direção que é ruim para ele, que é ruim para nós, que é ruim para o Senado. Eu acho que hoje é um ato de necessidade ele perceber que continuar na presidência desta Casa é negativo para a Casa, é negativo para o processo republicano”, complementou Buarque.

O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), apresentou nova denúncia contra Sarney, dizendo que o presidente do Senado mentiu ao dizer que não tinha responsabilidade pela fundação que leva seu nome. O tucano lembrou que o ex-senador Luiz Estevão teve o mandato cassado porque mentiu aos colegas.

(Reportagem de Fernando Exman)

Um casamento ideal, irreal, plural…um casamento

Que entrem os Noivos!

De Eduardo Delazeri

Um dia o místico e o revolucionário se encontram em um ponto da história, que é na ante-sala do poder, e travaram o seguinte dialogo.

 Místico: vocês revolucionários são muito voltado para fora, até parece que estão fugindo de si.

 Revolucionário: Vocês místicos é que são voltados para dentro, até parece que estão fugindo do mundo.

 Místico: que bom seria se a gente pude-se casar a mística e a revolução.

 Revolucionário: É verdade eu até acho que está mistura daria liga.

 Místico: Já estou imaginado a cena, a Mística vira vestida de vida e a Revolução viria vestida de história. Os padrinhos…. já sei podem ser os movimentos sociais.

Revolucionário: Isso mesmo, e os convidados: serão os últimos, para ao menos uma vez o mais simples seja visto como o mais importante. Vamos chamar as putas, aos gays, miseráveis que moram nas ruas, os cantadores de lixo, os aidéticos e toda a turma deles.

Místico: Pois que comece o casamento. Mas não será realizado em nenhuma Igreja, de nenhuma religião, vamos celebrá-lo na catedral da vida, para ser mais real. Que entre os noivos.

Revolucionário: Nós viemos aqui para beber ou para conversar?

Místico: (que é meio quietão, faz pausa. Só olha nos olhos dele.

Revolucionário: (num estalo percebe. Pega na mão do místico e comenta) Já sei. Nós viemos foi para amar não é?

Místico: É. Então é bom tirar os sapatos, assim a gente caminha descalço, pois essa terra que pisamos é sagrada. 

Revolucionário: Não vamos tirar a roupa toda. Afinal, foi assim que nascemos.

A mística e a revolução tiveram então um filho, que não pôde ser batizado nem ter nome: chamou-se simplesmente homem-novo, embora fosse mulher.