
No próximo domingo (06/12), acontecem na Bolívia as eleições presidenciais na Bolívia. O atual presidente, EVO MORALES, concorre à reeleição e estima obter 70% do eleitorado. Caso o resultado seja confirmado, Morales já adiantou algumas plataformas para o próximo governo. Entre elas, está a reforma do Judiciário. Além de eleger o presidente, os bolivianos irão votar em 36 senadores e 130 deputados para a Assembleia Plurinacional Legislativa, a casa que substituirá o Congresso.
Conversei com a Vânia Rodriguez, boliviana que está há cerca de 5 anos no Brasil. Doutoranda em Toxicologia pela FCF/USP, Vânia fala um pouco de suas expectativas e preocupações quanto ao rumo da Bolívia.
“Estou na incerteza com relação as eleições do domingo, aparentemente a vitória de Evo Morales é certa, o que não necessariamente tem a ver com a preferência dos votantes. Infelizmente tem muita coisa envolvida, desde a carência de um candidato opositor que de fato faça frente à campanha de Evo, as denúncias de possíveis fraudes, dinheiro de fora que financia a campanha prometendo céu e terra para os mais humildes em fim”
Vânia participará das eleições de São Paulo, cidade onde mora. Esta é a primeira vez que a Corte Nacional Eleitoral da Bolívia, concede o direito de voto aos bolivianos que vivem em Brasil, Espanha, Argentina e nos Estados Unidos.
“Eu tentarei exercer o meu direito de votar aqui, somente espero que independente do resultado, venham dias melhores para o meu país e principalmente para minha região (Santa Cruz de La Sierra), que tem sido muito castigada pelo atual governo. Não é a toa que milhares de bolivianos saíram do país nos últimos 5 anos, ou seja, embora internacionalmente o Evo Morales represente a classe mais “oprimida”, na verdade o que tem acontecido é uma inversão de papeis e os que ele chama de “burgueses” são os que estão pagando as consequencias dessa reivindicação”, desabafou Vânia Rodriguez.