Organização de direitos humanos norte-americana alerta para a situação das mulheres no Afeganistão. Estão em risco os direitos que conquistaram desde 2001.
Oito anos após a queda do regime talibã, as mulheres e jovens afegãs continuam a ser vítimas de violência e discriminação. Num recente relatório, «Temos as promessas do mundo inteiro: os direitos das mulheres no Afeganistão», a organização Human Rights Watch (HRW) denuncia o acesso desigual aos serviços de saúde e educação. No estudo, a organização revela que os assassinos de várias mulheres – reconhecidas na sociedade afegã – continuam à solta. Aumenta assim o sentimento de impunidade em relação aos crimes contra as mulheres.
«A situação das mulheres e jovens afegãs é alarmante e pode piorar», assegura Rachel Reid, investigadora da HRW, no país. O mundo está atento à nova estratégia da administração Obama em matéria de segurança neste país. «É essencial assegurar que os direitos das mulheres e raparigas não permaneçam um simples desejo e sejam uma prioridade tanto dos governos, como dos doadores», defende.
Os direitos que conseguiram conquistar desde 2001, em matéria de educação, trabalho e liberdade estão em perigo – avança o relatório. As mulheres com visibilidade no país, activistas dos direitos humanos ou políticas, são frequentemente ameaçadas de morte e vivem temendo pela sua vida e da sua família. «As mulheres não são prioridade do nosso governo, nem da comunidade internacional», confiou Shinkai Karokhail, membro do parlamento, à organização. «Fomos esquecidas», lamenta.
Fonte: Fátima Missionária, de Cristina Santos.