Pelo terceiro ano consecutivo o Programa Pindorama (Indígenas na Pontifícia Universidade Católica -PUC-SP) e o Museu da Cultura da PUC-SP vão realizar entre os dias 20 a 24 próximos, um evento que irá discutir os problemas das populações nativas no Brasil de hoje.
Dois eventos marcam esta semana: a exposição de fotógrafos indígenas com o título O olhar indígena sobre a aldeia e a cidade e o lançamento do Relatório de Violência 2009, contra os povos indígenas, preparado pelo Cimi e que será lançado no dia 24. 6ª feira, às 19h.
Pela primeira vez São Paulo terá uma mostra de vários fotógrafos indígenas de várias (Guarani, Potiguara, Terena e Kaimbé), quase todos estudantes da PUC-SP (graduação e pós-graduação), que poderão mostrar um olhar diferenciado sobre esta sociedade com a qual convivem muitas vezes de maneira bastante conflituosa.
Quanto ao Relatório da Violência contra os Povos Indígenas 2009, há 18 anos o Conselho Indigenista Missionário-Cimi vem realizando este levantamento, elencando os problemas, que vão desde a agressões contra a pessoa – doenças, morte por desassistência, suicídios, assassinatos, tentativas de homicídios, discriminação, agressões do poder público –, quanto a agressões contra o patrimônio, como invasão de terra, furto de madeira, danos ao patrimônio e incêndio criminoso.
Neste ano o lançamento em São Paulo contará com a presença de sua organizadora, a Profa. Lúcia Helena Rangel, da PUC-SP, além de várias lideranças indígenas do Mato Grosso do Sul e Roraima.
Todos estas atividades serão no Pátio da Museu da Cultura da PUC-SP.
Pouco a pouco os estudantes indígenas da PUC-SP começam a ter voz e a conquistar um espaço importante, revelando que tem algo a dizer e a cobrar da universidade, deixando desta forma de ser “invisíveis”.
Esta semana é organizada pelo Programa Pindorama, Museu da Cultura e NEMA-Núcleo de Estudos de Populações Tradicionais e Meio Ambiente/PUC-SP, contando também com o apoio da Pastoral Indigenista de São Paulo, Cimi-Grande São Paulo, Cursinho FOCO e Organização Popular Aymberê.