Usuária de crack pede ajuda para viver

A cigana Eliane Ferreira de Sena tem 34 anos e precisa de ajuda. Sentada na calçada da rua Helvétia, durante o “churrascão”, chorava. “Olha, tem gente aqui preocupada comigo, com a gente. Esses dias têm sido muito difíceis, corro pra não apanhar da polícia”, contou à reportagem.

Natural de Jaú, a cerca de 300 quilômetros da capital, Eliane conta que já se prostituiu e roubou para  manter o vício. Tem quatro filhos e três netos, de seu marido não tem notícias. “Ele fumou tudo o que a gente tinha, não sei onde está”. Usuária de crack há 23 anos, Eliane pede ajuda. “Eu quero que me levem daqui, quero ir para Jaú, mas não tenho dinheiro para a passagem. Se eu chegar lá, eu paro de usar drogas. Lá tenho meus filhos, tenho carinho, minha mãe”. Eliane disse que já buscou ajuda nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) do centro, mas sem sucesso. “Não adianta ficar em albergue por aqui não, a gente fica do lado da droga e aí, é muito difícil resistir”. A cigana confirma estatística da Universidade Federal de São Paulo, que aponta: 47% dos usuários da região, que somam 11.279, querem tratamento.

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