Hoje, 20 de abril, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realiza a entrega dos prêmios de Comunicação 2011-2012, nas categorias Margarida de Prata (cinema), Microfone de Prata (rádio), Clara de Assis (televisão) e Dom Helder Câmara (impresso).
A entrega será transmitida ao vivo, às 20h30, pelas pelas emissoras católicas de televisão, direto de Aparecida (SP). Eu já estou por aqui, na casa da Mãe Aparecida, sim, vim receber o Dom Helder Câmara, pela reportagem “Extermínio silencioso”, publicado em dezembro de 2011 na revista Família Cristã.
Confesso que neste momento, o teclado é uma válvula de escape, para me tranquilizar e me faz lembrar que a premiação é importante para discutir o tema da situação indígena no país, que ainda carece da atenção do Estado. São cerca de 900 mil brasileiros que precisam ter seus direitos garantidos na totalidade, e aqui, há questão da demarcação das terras é precípua.
Importante também para minha história e de tantos, em especial de minha família, que comigo lutaram e sonharam. Recebo este prêmio certa de que ele representa um sim, de que o caminho é este, de buscar um jornalismo que assegure à sociedade a possibilidade de viver democraticamente, com a garantia de seus direitos.
Estou feliz, sobretudo pelos sorrisos que se abrem comigo, pelas mensagens de carinho e confiança, por ter amigos das pastorais sociais e das comunidades eclesiais de base que me ajudaram a ter mais sensibilidade diante de injustiças, mazelas, dores…
A felicidade é grande sim, mas o troféu Dom Helder Câmara para mim é um começo ou recomeço, um compromisso renovado comigo mesma, com a jornalista Karla Maria, de buscar sempre um jornalismo à serviço da sociedade.
Corpo limpo, vestido passado, é hora de recomeçar na Casa da Mãe.
Dom Helder Câmara de Imprensa
– Karla Maria, com a reportagem “Extermínio silencioso”, publicado na REVISTA FAMÍLIA CRISTÃ;
– Adriana Irion e José Luís Costa, com a reportagem “Meninos Condenados”, do Jornal Zero Hora;
– Prêmio de Menção Honrosa para o Jornalista Odilon Rios, com a reportagem “Pacientes convivem com formigas, goteiras e cadáveres em Alagoas”.
Margarida de Prata
– As canções, documentário de longa-metragem, de Eduardo Coutinho;
– Diário de uma busca, documentário de longa-metragem, de Flávia Castro;
– A música segundo Tom Jobim, documentário de longa-metragem, de Nelson Pereira dos Santos;
– Á sombra de um delírio verde, documentário de média-metragem, de Cristiano Navarro Peres.
Clara de Assis
– O documentário Marujada – A festa de São Benedito, de Ivaldo Souza e Marcos Valério, da Rede Nazaré de Televisão
– A reportagem Dependência Química – álcool e crack, de Thiago Rodrigues Tiburcio, da TV Senado;
– A reportagem Lixo: danos e soluções, de Ioná Marina Moreira Pina Rangel, da Rede Aparecida de Comunicação;
– O documentário Filhos do abandono, do Projeto Comunicar, da TV PUC-Rio.
Microfone de Prata
– Categoria religioso, Por dentro do assunto, Rádio Mensagem 1470 AM, Jacareí (SP), apresentado por Carlos Alberto Sena e padre Ednei Evaldo Batista, com produção de Donizete Eugênio;
– Categoria jornalismo, reportagem Especial: O novo Código do Processo Civil – Uma Justiça mais rápida?, Rádio Senado FM, Brasília (DF), apresentado por Luciomar Rodrigues e Assis Medeiros com produção de Rodrigo Resende, sendo texto e reportagem de Adriano Faria;
– Categoria entretenimento, Nossas Igrejas, uma expressão de fé, arte e cultura”, Rádio 9 de Julho, Arquidiocese de São Paulo (SP), apresentado pelo padre José Renato Ferreira e Jucilene Rocha, com produção da equipe de jornalismo da Rádio 9 de Julho.