Qual a sua narrativa de combate a covid-19?

No momento em que escrevo estas palavras, o Ministério da Saúde revela, a partir de informações das secretarias estaduais de saúde, que 5.901 pessoas morreram no país vítimas do covid-19. Dados de 30 de abril às 16h50. São 85.380 casos confirmados e quase 50% deles estão localizados na região sudeste do país, que compreende os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

Só no Estado de São Paulo são 2.375 óbitos e uma ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) chegou a 89%, elevando a pressão sobre o sistema na região a um nível que o governo decidiu enviar os pacientes graves para tratamento no interior do estado. Os números poderiam ser piores não fosse o isolamento social adotado pela população.

Há contudo, uma tendência em afrouxamento deste isolamento, muito incentivada pelo comportamento e falas do presidente da República, que continua contrariando a Ciência e desobedecendo orientações da Organização Mundial da Saúde. Tal constatação é de um estudo ainda em andamento de economistas da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas) e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Os pesquisadores usaram dados de geolocalização de celulares para comparar as variações no índice de isolamento em municípios brasileiros pró ou anti-Bolsonaro, classificados de acordo com os resultados das eleições de 2018, cota o jornalista Bruno Fávero. Na pesquisa, os economistas descobriram que os níveis de adesão às quarentenas dos dois grupos são parecidos na maior parte do tempo, mas caíram em cidades bolsonaristas depois de duas falas do presidente, em 15 e 24 de março, em que ele criticou enfaticamente medidas de distanciamento.

O então candidato do PSL, Jair Bolsonaro, venceu em 631 das 645 cidades do estado de São Paulo no 2º turno das eleições de 2018. Fernando Haddad (PT) ganhou em apenas 14 municípios.

#EmCasa
É portanto, diante deste cenário possível aumento da tensão no SUS, do aumento de mortes e da necessidade de isolamento social que iniciativas de solidariedade brotam nas periferias e nas redes sociais para ajudar a atravessar física e emocionalmente esta quarentena.

Informar, formar, entreter e inspirar são objetivos de diversas entidades, grupos e associações neste momento, e da Editora Paulus também, que me convidou para um bate-papo sobre o processo de criação de meus livros, que são reportagens de fôlego com caminhos bem peculiares.

Nesta conversa falo da minha quarentena, da perda do meu avô (ainda escreverei sobre a despedida em momento de quarentena). Levanto a bandeira do uso da máscara e peço para que se você pode, fique em casa, lembrando que nem sempre eu posso também já que engrosso a fileira dos desempregados formais. Quando preciso ir à ruas vou com todos os cuidados para evitar a transmissão do covid-19. Faça você o mesmo. Confere aqui meu bate-papo.

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