Durante a semana passada, a bem da verdade a todo momento, tenho pensando sobre como as mulheres, seus problemas e decisões são tratados de modo tão banalizado e criminalizado em nossa sociedade.
Escrevi um livro inteiro sobre isso, o Mulheres Extraordinárias, e sobre o modo como tais e tantos temas refletem a realidade de nosso país: uma realidade violenta, racista, misógina, cruel.
Tenho pensado também que o atraso da nossa representação feminina, negra e/ ou mais humana na Ciência, nas Religiões e nos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo tem nos levado a processos penosos, dolorosos, hipócritas.
Não tenho razão em nada, só dor e coração, e este músculo tem sentido mais do que todos os demais de meu corpo a dor de tanta violência, sim, porque o exercício da alteridade é o primeiro exercício de humanidade e machuca.
E o faço. Sempre fiz, porque nós repórteres, somos ouvintes, testemunhas, e neste papel somos convocados à alteridade e a distinguir o que pode e o que não pode ser divulgado.

A foto é de uma ilustração de Rebeca Venturini, que abre o sexto capítulo do meu livro”Mulheres Extraordinárias”, publicado em 2017 pela Paulus Editora. @editorapaulus.
Compre meu livro nas melhores livrarias e/ou no site da Paulus.
Ética, humanidade, noção, responsabilidade… Nem precisa estudar para saber, mas passamos por semestres de ética na faculdade… Estudar humanamente é preciso!
A falta disso, de ética profissional de uns tantos por aí, escancara violências e dilaceram ainda mais uma ferida que nunca cicatriza.
Fazer o outro sofrer ainda mais, sangrar, não é saída possível para os que creem e defendem o amor, a vida, a democracia (como dizem). Não é.
A lógica do vale tudo por likes precisa acabar, e isso passa por quem consome e alimenta essa máquina de fazer sofrer. Estou falando de quem curte e compartilha informações privadas como se fosse receita de bolo.
A ética é o antídoto para evitar tamanha devastação na vida de vítimas de violência. A ética deveria evitar também julgamentos morais desconectados com a realidade de cada um e cada uma.
Por uma semana mais humana.
De paz.
Por uma semana mais humana e fraterna! Que as pessoas – todos nós, sejamos capazes de nos olhar nos olhos com respeito e amor fraterno.
CurtirCurtido por 1 pessoa