Gente simples, fazendo coisas pequenas na construção da paz

Foto de Paulo Flores / CEBs fazem memória de seus mártires
Foto: Paulo Flores / Momento das Dores e Alegrias de Maria

CEBs a caminho de Crato para seu 13. Intereclesial

O 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) já começou, ao menos para os 400 delegados do Estado de São Paulo, que participaram neste fim de semana, dias 21 e 22, em Pirajuí, Diocese de Lins, de um encontro preparatório e de envio para o encontro nacional das CEBs, que acontecerá de 7 a 11 de janeiro, de 2014, em Juazeiro do Norte (CE), na “Terra de Padim Cícero”.

A Arquidiocese de Sao Paulo foi representada por cerca de 90 pessoas, entre delegados (79) e convidados (11). As regiões episcopais Brasilândia e Belém contam com o maior número de delegados, 38 cada. Assessorados pelos padres Benedito Ferraro e Nelito Dornelas Justiça, os delegados refletiram sobre a identidade das CEBs e a Profecida a serviço da Vida. “Quando falamos de CEBs falamos de fé e vida. O nosso compromisso social é a luta pela justiça”, aponta carta final do Encontro.

O tema trabalhado ao longo dos dias, é o mesmo que norteará  a dinâmica no Ceará, em janeiro de 2014: Justiça e Profecida a Serviço da Vida, CEBs Romeiras do Reino no Campo e na cidade. É tradição, as CEBs de todo o Brasil partilharem suas experiências de comunidade de fé, após a análise de conjuntura da realidade que se vive eclesial e políticamente. E, é diante dessas realidades, e em memória dos Mártires da Igreja, que estas lideranças assumem compromissos para a Construção do Reino, com o pé fincado na realidade, em geral do mais empobrecido.

Para Jefferson Rodrigues, 21 anos, membro da Pastoral da Juventude e um dos delegados da Arquidiocese, o encontro deixou uma mensagem. “Que todos nós cristãos possamos estar sempre a serviço da vida. Que saiamos do nosso comodismo, e debaixo dos telhados das igrejas, para ir ao encontro da verdadeira Igreja, que está nas ruas, no campo e na cidade”.

Jefferson também esteve no Rio de Janeiro, na Jornada Mundial da Juventude, para se encontrar com o papa Francisco, que vem reforçando a cada dia, seu desejo de ver uma Igreja mais próxima dos pobres. Os delegados de todo o Estado foram acolhidos pelo bispo de Lins,  dom Irineu Danelon e acompanhados pelo bispo referencial das CEBs, dom José Luiz Bertanha.

Karla Maria, publicada no Jornal O SÃO PAULO.

“Onde não há utopia não há futuro”

9° Fórum Social Mundial

Desde Porto Velho – RO, no 12° Intereclesial de CEBs, assumi com a iniciativa, indicação e benção do padre José Renato a missão de reaticular as CEBs e Grupos de Rua do setor Pereira Barreto. Com o apoio e confiança dos padres do setor realizamos momentos de partilha da experiência que vivi por lá. Partilhei também os anseios, dúvidas, lutas e reflexões que as comunidades do nosso Brasil estão vivendo.

Para minha grata surpresa, percebi que nossas comunidades, do Oiapoque ao Chuí, são iguais. Guardados os “deliciosos” sotaques, a maneira de celebrar, a cultura local e a realidade econômica: somos todos povos de Deus, preocupados essencialmente em alimentar os irmãos com a Palavra de Deus e com o pão de cada dia. E como é bonito enxergar isso.

Como primeiro gesto deste “novo tempo”, de rearticulação no Setor vamos realizar,  hoje sexta-feira, (11/12), às 20h, na Par. Nossa Sra. de Fátima, a Missa de Encerramento da Novena de Natal das Comunidade e Grupos de Rua do Setor Pereira Barreto. Presidirá a missa dom Angélico Bernadino Sândalo, bispo emérito de Blumenau.

Nosso compromisso para 2010 é caminhar juntos, com o pé fincado na realidade do povo, realidade que envolve formação cristã, pastoral, cidadã, na área de comunicação, no cuidado com o meio-ambiente, com a juvetude, no cuidado com a vida em todos os sentidos. Para começar vamos refletir com toda a Região Brasilândia, sobre a CF-2010, com o tema:  “Economia e Vida”. Anote na sua agenda:

  • 30/01- Formação sobre a Campanha da Fraternidade (local ainda a ser definido)
  • 21/02 – Abertura da Campanha da Fraternidade 2010 (local ainda a ser definido)

Você que recebeu este e-mail certamente está envolvido, de uma forma ou de outra com a Caminhada da Igreja, com os Meios de Comunicação alternativos e/ou com os Movimentos Sociais. Portanto, está convidado a celebrar conosco este bonito e por que não, histórico momento no Setor Pereira Barreto. Estarei por lá, compareça!

A Par. Nossa Sra. de Fátima, fica na Av. Paula Ferreira, 1522 Vila Bonilha, São Paulo – SP. Ela faz parte do Setor Pereira Barreto, um dos setores que compõem a Região Episcopal Brasilândia, que por sua vez está localizada dentro da Arquidiocese de São Paulo.

“Onde não há utopia não há futuro”, Dom Pedro Casaldáliga
Karla Maria
Comissão de CEBs e Pascom- Região Episcopal Brasilândia
11 8831-8485
11 3978-5254
https://karlamarias.wordpress.com
http://cebsbrasilandia.blogspot.com

Fé e Política se unem em Ipatinga, MG

Nos dias 28 e 29 de novembro, a cidade de Ipatinga em Minas Gerais, acolherá o 7° Encontro Nacional de Fé e Política. Ipatinga vem da língua tupi e significa “Pouso de Água Limpa”, e é neste local que os partipantes vão refletir sobre o tema: “Cuidar da Vida: Espiritualidade, Ecologia e Economia”.

O Movimento Nacional Fé e Política espera que mais de 6.000 pessoas de todas as regiões do Brasil, participem do evento. O objetivo do do Encontro é lutar pela construção de uma sociedade alternativa ao capitalismo neoliberal, disseminando a reflexão política, a vida espiritual e a subjetividade daqueles que estão comprometidos com a prática política e social. Aqueles que abraçam a causa do movimento rejeitam os valores individualistas e de absolutização do mercado, defendendo a solidariedade, cooperação e o direito de todos à vida em plenitude. Lutam por uma sociedade socialista.

Para os militantes, as classes populares são o principal sujeito de sua história. O Movimento de Fé e Política pretende propiciar aos cristãos engajados na política um espaço de reflexão das atividades à luz da fé, dos valores evangélicos e dos deságios dessa realidade marcada pela crescente pobreza e exclusão.

O Movimento – Surgido no final da década de 80 com o intuito de reunir grupos informais de reflexão, o Movimento Nacional Fé e Política reúne grupos cristãos engajados na política à luz da fé cristã. O Movimento tem cunho ecumênico e está aberto a todas as pessoas que consideram política a dimensão fundamental da vivência de sua fé. De acordo com Teresinha Toledo, uma das coordenadoras, o movimento é um espaço de reflexão da fé e política. “Nós nunca nos preocupamos em ser entidade. Nós apenas animamos e fortalecemos a reflexão do assunto”, esclarece.

O sociólogo Pedro Ribeiro de Oliveira, membro da Coordenação Nacional explica que o Movimento Nacional Fé e Política “foi motivado pela preocupação de assessores das Comunidades de Base e das pastorais sociais entre os anos de 1985 e 1987 a partir de um texto do teólogo Clodovís Boff sobre os cristãos e a política, escrito para preparar o 6º Encontro Intereclesial das CEBs. Esse foi o começo da história. Nós já tínhamos uma preocupação sobre a questão, mas aquele artigo provocou um debate. Então pessoas ligadas ao Centro de Direitos Humanos de Petrópolis, entre eles Leonardo Boff, Márcia Miranda e Adair Rocha, promoveram alguns encontros com intelectuais, políticos e assessores de CEBs” No dia 24 de junho de 1989, realizou-se no Rio de Janeiro um encontro maior com umas 30 pessoas. Na altura foram estabelecidas três prioridades: a formação em termos de pensamento, com a criação de um Caderno de Fé e Política; a questão da espiritualidade, o nosso jeito de rezar e criar laços de solidariedade entre as pessoas.

Histórico – O 1º Encontro aberto para todos aconteceu no ano 2000, em Santo André, SP, com a participação de quase 3.000 pessoas. Em 2002, o 2º Encontro foi em Poços de Caldas, MG, com 4.o00 participantes. O 3º Encontro em 2003, em Goiânia, GO, reuniu 6.000 pessoas. Em Londrina, PR, no 4º Encontro de 2005 participaram 5.000 pessoas. Em 2006 o 5º Encontro de Fé e Política aconteceu em Vitória, ES com 4.000 participantes e o 6º foi realizado em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, RJ, em 2007 com 5.000 pessoas e e 2009 desembarga em Ipatinga, MG.

Estarei em Ipatinga acompanhando o Encontro, postarei por aqui  as novidades…

Colegiada das CEBs de São Paulo se reúne e recebe a visita de dom Odilo

A Colegiada das CEBS – Comunidades Eclesiais de Base do estado de São Paulo, esteve reunida no Centro Pastoral Santa Fé – Anhanguera, nos dias 22 e 23 de agosto para avaliar o 12° Intereclesial, realizao em Porto Velho-RO, de 21 a 25 de julho.

Karla Maria | Colegiada das CEBs - SP1
Karla Maria | Colegiada das CEBs - SP1

O encontro reuniu representantes das oito sub-regiões que agregam as 43 dioceses do estado. Acompanhados por dom Maurício Grotto de Camargo, arcebispo de Botucatu, além da avaliação do Intereclesial, os representantes avaliaram a participação do estado no encontro e traçaram calendário e projetos das comunidades de base a partir dos compromissos traçados em Porto Velho.

Com a assessoria do padre Aécio Cordeiro da Silva, pároco na Região Episcopal Brasilândia, foi feita uma análise de conjuntura e resgate da memória das lutas das CEBs na Arquidiocese de São Paulo (SP1).

Karla Maria | dom Odilo, arcebispo de São Paulo
Karla Maria | dom Odilo, arcebispo de São Paulo

No domingo pela manhã, dom Odilo Pedro Sherer, arcebispo de São Paulo, se reuniu à colegiada das CEBs e deixou seu recado. “Eu espero que as CEBs estejam bem vivas, bem ligadas às comunidades paroquiais para poderem manter a sua motivação eclesial e receberem também os impulsos que vem da Igreja e possam traduzr na sua prática e na sua vida. Suscitem novas e mais comunidades”, afirmou o arcebispo, que questionou à colegiada quais os rumos e projetos das CEBs.

Em resposta os representantes destacaram a necessidade de repensar a pastoral urbana, fortalecer a Missão Continental e os grupos de rua, motivar a formação nas comunidades eclesiais, assumir o Grito dos Excluídos, a Romaria da Terra e da Água, estar presente com as pastorais sociais e ser Igreja na sociedade para construir o Reino de Deus.

“As CEBs tem esta característica de estar com o pé fincado na realidade local próxima da vida do povo, nós temos nas nossas cidades, uma série de questões e há enormes possibilidades de atuação e envolvimento, é preciso se unir aos demais organismos, sejam católicos ou não, para mudar as situações de desrespeito à dignidade humana”, afirmou dom Odilo ao se despedir.

A Colegiada estadual das CEBs também se mostrou indignada quanto à atual situação política do país. “Estamos indignados com a postura do Senado Federal e por isso estamos intensificando a coleta de assinaturas para a Campanha Ficha Limpa. Queremos que este projeto de lei funcione já nas próximas eleições. O que estamos vivendo é uma vergonha e falta de ética, afirmou Liz Maria Marques, representante da Região Belém na Arquidiocese de São Paulo.

A Colegiada das CEBs se reúne quatro vezes ao ano e é composta por cerca de 32 representantes de cada uma das sub-regiões (Aparecida, Botucatu, Campinas, RP1, RP2, SP1, SP2 e Sorocaba.

Cebs em defesa da vida, em defesa da Amazônia

12° Intereclesial de CEBs...que ouçam o grito que brota da Amazônia
12° Intereclesial de CEBs...que ouçam o grito que brota da Amazônia

Neste final de semana  (7 e 8 de março) estarei em Itatiba participando e cobrindo o Encontro Regional das CEBs – Comunidades Eclesiais de Base, do Estado de São Paulo.

São esperadas aproximadamente 350, que irão se encontrar em preparação para o 12° Encontro Nacional, chamado de Intereclesial, que acontecerá de 21 a 25 de julho em Porto Velho, nesta ocasião, as CEBs de todo o Brasil estarão representadas e vão refletir sobre o tema “CEBs Ecologia e Missão – Do Ventre da Terra o grito que vem da Amazônia”.

Os Intereclesiais mantém viva a memória da caminhada da Igreja e suas lutas.” A partir deles, historiadores futuros poderão recuperar muito da trajetória concreta da vida de nossa Igreja num dos seus tecidos mais vivos.” Secretariado do 10° Intereclesial.

CEBS – Comunidade Eclesiais de Base

Encontro de Formação das CEBs - São José dos Campos
Encontro de Formação das CEBs - São José dos Campos / foto Karla Maria

As CEBs surgiram das decisões do Concílio Vaticano II, realizado na primeira metade da década de 60, que colocou como prioridade para a igreja a “opção preferencial pelos pobres”. Estas comunidades se posicionam no cenário eclesial e político sempre em defesa dos mais pobres, fortalecendo um perfil de Igreja mais encarnada, comprometida com a vida e a libertação do Povo de Deus.

“Embora experimentando tensões, não se isolaram da Igreja Católica e procuraram permanecer fiéis aos princípios evangélicos. A fidelidade à Instituição não implica, todavia, ausência de análises críticas a seus modelos tradicionais” site das CEBs Sul 1.

Hoje, dados oficiais da CNBB indicam que existem mais de 100 mil CEBs espalhadas no Brasil; seus encontros refletem a atuação do cristão diantes das situações e problemáticas em que a sociedade está inserida. Temas como a responsabilidade ecológica, escolha de políticos entre tantas outras lutas de trabalhadores, camponeses e indígenas.

fontes: CNBB, CebsSul1

A Região Brasilândia e o 10° Plano Pastoral para a Igreja de São Paulo

 é necessário superar os pecados da ação pastoral, aquela de manutenção e sair para a missão, num comportamento de transformação social” Antonio Manzatto. 

os "morros da Brasilândia / foto Karla Maria
os "morros" da Brasilândia / foto Karla Maria

Formação permanente para as lideranças, este é um dos destaques do padre Antonio Manzatto, Doutor em teologia pela Universidade de Lovaina, Bélgica, sobre o 10° Plano Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, e é também o objetivo da Região Episcopal Brasilândia, ao promover uma noite de formação sobre o plano pastoral para suas lideranças comunitárias e clero.

Aproximadamente cem pessoas se reuniram no último dia 27, no salão da Paróquia Santos Apóstolos, sob o olhar e encaminhamento do padre Antonio Manzatto, para tomarem conhecimento do 10° Plano Pastoral. Este documento, à luz do Documento de Aparecida traz as diretrizes gerais para as ações pastorais para a cidade de São Paulo, o documento, contudo, não anula as deliberações locais dos setores, paróquias e comunidades. 

Segundo padre Manzatto, o plano se estrutura no método ver, julgar e agir; no encontro com Jesus, no Discipulado de ação missionária e na conversão pastoral, e é diante destes pilares que a Igreja olha para a cidade de São Paulo e julga necessário agir, reiterando sua opção pelos pobres, que se espalham pelas periferias e sofrem com a ausência e omissão do Estado.  

 

Antonio Manzatto, assessor na formação da Região Brasilândia
Antonio Manzatto, assessor na formação da Região Brasilândia

Vê a necessidade “de superar a lógica de mercado e das religiões que promovem apenas o bem estar das pessoas, é necessário superar os pecados da ação pastoral, aquela de manutenção e sair para a missão, num comportamento de transformação social”, afirma Manzatto.

 Outros destaques do plano pastoral, na visão do teólogo são: a orientação para se repensar a participação dos leigos e leigas na Igreja e para que ela recupere o modelo CEBs – Comunidades Eclesiais de Base – de ser igreja. Para que as paróquias sejam como redes de comunidades e que se reinsira na vida eclesial, as preocupações sociais. Uma formação permanente teológica e específica para as lideranças e o clero também foi destacada, porém, formações capazes de refletir a fé e fomentar ações segundo o Evangelho. 

Em sua conclusão padre Manzatto lembrou que este é mais um documento, que só terá valor, se de fato, tanto aqueles que o assinam, quanto o clero e lideranças regionais, colocarem em prática suas palavras, para que os frutos sejam ações pastorais em defesa dos mais pobres de São Paulo.

A Região Episcopal Brasilândia… como Igreja surgiu em 1989 a partir da reorganização da Arquidiocese de São Paulo e da Região Episcopal Lapa. Abrange as sub-prefeituras de Perus, Pirituba, Freguesia/Brasilândia e casa Verde/Cachoeirinha, totalizando 1.258.922.

  População por Distritos…

 Pirituba/Jaraguá…………………….413.120 habitantes

Perus/Anhanguera…………………131.713 habitantes

Freguesia / Brasilândia…………..402.437 habitantes 

Casa Verde / Cachoeirinha……..311.652 habitantes

Cebs na Diocese de São José dos Campos, há 20 anos nas trilhas do seu povo

 

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O ano de 2008 foi marcado por datas bastante significativas para a história do Brasil, para a sua cultura e seu povo. Recordou-se a chegada da família real ao Brasil, em 1808, os centenários da morte de Machado de Assis, da imigração japonesa e do aniversário da Arquidiocese de São Paulo. Neste ano, o ano de 1968, foi recordado e os 40 anos da instalação do AI-5 (Ato Institucional) fomentou inúmeros debates e reflexões por todo o Brasil, quanto ao cerceamento vivido àquela época e ao que se espera por democracia e direitos individuais de cada cidadão. Em 2008, comemorou-se também, 40 anos da Conferência de Medellín, 25 anos da Diocese de São José dos Campos, e ainda, 20 anos da Constituição brasileira e do surgimento das Cebs na Diocese de São José.
 
Para comemorar os 20 anos de caminhada das Cebs, a diocese reuniu no dia 30 de novembro, às 8h da manhã, na Igreja Matriz de São Vicente, suas seis regiões pastorais: Igaratá, Jacareí, Monteiro Lobato, Paraíbuna, Santa Branca e São José dos Campos. De lá o povo partiu em romaria até a Comunidade São João Batista, no Jardim Santa Inês 2 onde foi acolhido pela Sinfônica Monteiro Lobato. Após partilhar o café-da-manhã houve um momento de formação, com o assessor diocesano das Cebs, padre Ronildo Aparecido Rosa.
 
Em seguida, os cerca de 700 participantes reuniram-se em torno do Pão e da Palavra de Deus. Na hora do almoço observa-se a prática da responsabilidade ambiental, de cada um diante de um cenário tão crítico para a sociedade pós-moderna: a devastação do meio ambiente. Nas reuniões das Cebs, procura-se criar a cultura, de que cada participante traga consigo seu prato, copo e talheres; um modo de minimizar os resíduos plásticos. Há ainda a confecção e distribuição de sabões caseiros, feitos à base de restos de óleo de cozinha.
 
Para recepcionar a multidão, a paróquia São Vicente de Paula, formada por suas 22 comunidades mobilizou mais de 50 pessoas nos diversos trabalhos, “um evento dessa proporção motiva os visitantes a continuarem comprometidos e os que acolhem são animados a enfrentarem os desafios”, afirmou padre Célio Antônio de Almeida, à frente da paróquia.
“Nós somos solidários com a caminhada das Comunidades Eclesiais de Base. Sabemos que é difícil, mas os incentivamos para que continuem o trabalho”, e continua “segundo pesquisa realizada como parte da programação do Sínodo diocesano em curso, as comunidades pedem mais compromisso da Igreja em favor dos pobres”, disse padre Célio, que junto às comunidades  fundou uma cooperativa, hoje modelo na reciclagem, cultivo de hortaliças e assistência básica à população mais necessitada.
Nas décadas de 50 e 60 no Brasil, as Cebs eram chamadas de Comunidades Cristãs de Base, até que em 1968, portanto, há 40 anos, recebeu o nome de Comunidades Eclesiais de Base, sendo o “primeiro e fundamental núcleo eclesial, que deve, em seu próprio nível, responsabilizar-se pela riqueza e expansão da fé, como também pelo culto que é sua expressão. É ela, portanto, célula inicial de estruturação eclesial e foco de evangelização e atualmente fator primordial de promoção humana e desenvolvimento” (Medellín).
Promover a vida e lutar por sua dignidade é o compromisso das Cebs, que se confirmou em Puebla, em 1979, quando muitos dos países latino-americanos passavam por ditaduras. As comunidades eclesiais tornaram-se espaços de debates, diálogo, vida e encontro entre irmãos e irmãs. “As comunidades eclesiais de base que em 1968 eram apenas uma experiência incipiente amadureceram e multiplicaram-se sobretudo em alguns países. Em comunhão com seus bispos e como o pedia Medellín, converteram-se em centros de evangelização e em motores de libertação e de desenvolvimento” (Puebla) .
Na década de 80, as Cebs são vistas, como “um novo modo de ser Igreja”, e que ao redor dela nasceriam as ações pastorais e evangelizadoras. E de fato é o que se vê: um povo que se reúne para dialogar e viver em torno da Palavra, que age à luz do Evangelho, defendendo a vida, a juventude, o idoso, a mulher, a mãe natureza, a criança, todos aqueles que estão à margem da sociedade.
Quanto ao futuro das Cebs na Diocese de São José dos Campos e do Brasil, não resta duvida: o trem não pode parar: “as Cebs estão no rumo certo e não podem desanimar não, apesar das dificuldades elas devem continuar”, afirma Graça Maria, da cidade de Jacareí – Comunidade Nossa Sra. do Paraíso, que há 15 anos participa da caminhada.

CEBs defende os Ecossistemas de São Paulo

No último fim de semana estive em Campinas – cidade de 1 milhão de habitantese , vivenciei ali algo de novo. Estive participando e cobrindo o Encontro Estadual das CEBS – Comunidades Eclesiais de Base, que têm como proposta e objetivo, fazer uma Igreja mais próxima e voltada aos pobres e excluídos. A exeperiência de vivenciar o Evangelho no dia-a-dia, assusta aos católicos mais ortodoxos, o que é uma pena.

Durante aquele final de semana fui acolhida por uma família jovem, porém muito animada, divide com a IR. Maria Alberta – presidente emérita da CPT, Comissão Pastoral da Terra. O acolhimento caloroso, o comprometimento com o nosso cuidado, conforto e alimentação, destoam completamente da lógica individualista de nossos dias.

O Encontro das CEBs trabalhou com o tema – “CEBs em defesa dos ecossistemas do Esado de São Paulo”; palestras proferidas por cientistas, teólogos e intectuais, contando com a atenção de uma multidão de líderes comunitários, agentes de pastorais, membros e assentados do MST – Movimento dos trabalhadores rurais, bem como interessados no tema e na maneira como a CEBs trabalha e promove a igualdade.

Surpreendi-me durante as oficinas de trabalho, com a clareza, e aividades exercidas pelos participantes em suas regiões locais, o cuidado com a natureza, a responsabiolidade no coonsumi e descarte de cada produto. Neste espaço vi mais consciência social e ambiental, do que nos bancos da faculdade.

Enfim…este jeito de ser e fazer Igreja, aproxima as pessoas, faz delas discípulos responsáveis por suas ações e assim, comprometidos com a causa do “outro”. Otrem das CEBs não pára, e esta à caminho de Porto Velhor, para o Grande Encontro Nacional.

http://it.ismico.org/content/view/3751/27/