Não foi pedalada, foi golpe

Dilma não deu pedalada nenhuma. Foi golpe e tá aí comprovado. Seis anos depois. Uma mulher foi tirada da presidência da República por não entrar no jogo do centrão, o mesmo jogo que Bolsonaro abraçou com a alma.

Ali, no impedimento, ganhava corpo o pesadelo que é o Brasil desgovernado por Bolsonaro. Sim, ganhava corpo porque a gênese de questionar o processo eleitoral e a eleição de Dilma foi um projeto inicial de Aécio Neves e seu PSDB que não soube perder. E de perder o PSDB entende bem agira, não é verdade?!

Print de publicação de Dilma Rousseff no twitter

Aliás, minha gente, perder é parte de qualquer jogo especialmente do democrático e tem um candidato aí, que tem 30% de intenção de votos da população brasileira, e tem pavor da ideia de perder e por quê? Porque a exemplo de seu mestre, Trump dos EUA, a conta da justiça chega. Chegou lá e vai chegar aqui… Bolsonaro sem a presidencia será como um de nós, ao alcance da justiça comum, não poderá se esconder no cargo da presidência e nem proteger seus filhos.

A justica chega, mas sabemos, demora… mas o voto é rapidinho. Dia 2 é a sua opinião que vale.

A sua opinião, não a dos milionários deste país como Paulo Guedes, que acham que está tudo bem. Bora votar lembrando que tem 33 milhões de pessoas passando fome! Não acredita? Bote os pés na rua. Abra seus olhos.

Justiça concede habeas corpus para acusado de matar irmã Dorothy

Missionária Dorothy Stang, assassinada há quatro anos
Missionária Dorothy Stang, assassinada há quatro anos

A cega  justiça brasileira, mais especificamente o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal, concedeu ontem, 16 de fevereiro, um habeas corpus ao fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão. Também conhecido como Taradão, Regivaldo é acusado de mandar matar a missionária americana Dorothy Stang, em 12 fevereiro de 2005, a tiros em Anapu, a 300 quilômetros da capital paraense.

Regivaldo estava preso por grilagem e estelionato desde o fim do ano passado. A prisão preventiva havia sido pedida pelo Ministério Público Federal em dezembro de 2008, após a descoberta da tentativa de negociação do lote 55, em Anapu, na região da Transamazônica. O fazendeiro também responde a outras ações judiciais, por trabalho escravo, crimes ambientais e fraudes.

Mártir da Terra

“Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar”.


Irmã Dorothy era norte-americana, naturalizada brasileira. Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804 por Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin de Bourdon (1756-1838). Esta congregação católica internacional reúne mais de duas mil mulheres que realizam trabalho pastoral nos cinco continentes.

Ingressou na vida religiosa 1948, emitiu seus votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência – em 1956. De 1951 a 1966 foi professora em escolas da congregação: St. Victor School (Calumet City, Illinois), St. Alexander School (Villa Park, Illinois) e Most Holy Trinity School (Phoenix, Arizona).

Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão. Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da Transamazônia. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região. Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará.

A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional.

A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará. Defensora de uma reforma agrária justa e conseqüente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Região Amazônica.

Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais empobrecidos, Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. Era a Escola Brasil Grande.

Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se.  Ainda em 2004 recebeu premiação da Ordem dos Advogados do Brasil (seção Pará) pela sua luta em defesa dos direitos humanos.

fonte: Estadão.com, Rádioagência. MovieMobz