Até o dia da votação do segundo turno, trarei fatos e argumentos que te façam refletir sobre a gestão desse presidente que disputa o seu voto, a sua confiança

Hoje falaremos de alimentação das crianças nas escolas públicas. Ele, Jair Bolsonaro, não prima pela alimentação de qualidade das crianças brasileiras de escolas púbicas, e explico. Bolsonaro recusou proposta do Congresso Nacional de corrigir valores destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) de acordo com a inflação. Desde 2017 não há correção do valor per capita.
Hoje, pelo PNAE, e segundo o próprio Ministério da Educação, o governo repassa apenas R$ 0,53 para a alimentação de cada aluno matriculado na pré-escola e R$ 0,36 por aluno dos ensinos fundamental e médio. Nas creches, o repasse por criança é de R$ 1,07.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) previa a correção, pela inflação, desses valores para a oferta de merenda escolar, quem vai ao mercado sabe o absurdo dos preços e como o dinheiro acaba antes do mês, mas o governo disse não ao reajuste, e por isso crianças estão se alimentando com suco em pó e bolachas, dividindo ovo e recebendo carimbos nas mãos para não repetir o lanche.
Em entrevista à Agência Lunetas concedida à jornalista Camilla Hoshino e publicada em 22 de setembro, a nutricionista Albaneide Peixinho, que coordenou o PNAE durante 13 anos lembrou que a alimentação de qualidade na escola “é um direito de todas as pessoas que estudam, que deve ser garantido pelo governo federal, estados e municípios, já que se trata de uma ferramenta fundamental na garantia do aprendizado, da concentração, memória e energia necessária para trabalhar o cérebro”.
Apresentado o corte, pergunto, quem impede a melhoria da alimentação de crianças merece seu voto? Vamos lembrar que não podemos saber como é detalhadamente a alimentação do presidente, porque ele estabeleceu sigilo de 100 anos, mas a partir de uma reportagem da VEJA, podemos ter ideia dos gastos do mandante com alimentação.
“Os auditores descobriram que, desde a posse do ex-capitão até março de 2021, foram gastos 2,6 milhões de reais exclusivamente para a compra de alimentos para as residências oficiais de Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão, uma média de pouco mais de 96 300 reais por mês.
Fontes:
https://www.fnde.gov.br/programas/pnae