Manifestação estudantil

Almeida Rocha/Folha Imagem
Almeida Rocha/Folha Imagem

 fonte O Globo – Estudantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e de entidades estudantis estaduais fizeram nesta quarta-feira em São Paulo uma grande manifestação pelo fim do vestibular, por mais investimentos na educação e contra as políticas do novo secretário estadual de Educação, o deputado Paulo Renato (PSDB-SP), ex-ministro da Educação, que deixou a Câmara e assumiu a pasta na última segunda-feira. Depois de cerca de uma hora e meia de passeata, da Avenida Paulista até a Praça da República, onde fica a Secretaria da Educação, Paulo Renato não estava e a comissão de sete estudantes se recusou a conversar com seus assessores.

De acordo com a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, a comissão de estudantes queria conversar diretamente com o secretário, entregar a ele um manifesto em defesa da educação em São Paulo e ainda reclamar da falta de democracia nas escolas estaduais. De acordo com as entidades estudantis, em algumas escolas está poribida a formação de grêmios estudantis. Quando a comissão saiu do prédio, poucos minutos depois de entrar, ficando claro que Paulo Renato não a havia recebido, os manifestantes fizeram pesados discursos contra o secretário, que foi longamente vaiado.

Os manifestantes começaram a se reunir por volta das 10h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e foram acompanhados até a Praça da República por um caminhão de som, de onde lideranças nacionais e e estaduais dos estudantes faziam discursos defendendo suas posições. A UNE, a Ubes e as entidades estudantis paulistas querem o fim do vestibular tradicional e a substituição pelo “Enem seriado”, em que o exame seria adotado no final de cada um dos três anos do ensino médio.

Tanto a presidente da UNE como o presidente da Ubes, Ismael Cardoso, avaliam como “tímida” e “limitada” a proposta feita pelo Ministério da Educação para o Enem. Segundo eles, que defendem o “Enem seriado”, não basta substituir o vestibular tradicional pelo novo Enem.

Acompanhada por forte aparato da Polícia Militar, inclusive com tropa de choque ao lado do prédio da Secretaria da Educação, a manifestação foi tranquila e sem incidentes.

 

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